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‘É preciso fechar as portas para as drogas’

‘É preciso fechar as portas para as drogas’

Psicólogo, médica e policial enriqueceram o debate com exemplos reais do dia a dia

Com o objetivo de conscientizar as crianças sobre os malefícios das drogas, apresentar formas de evitar situações de vulnerabilidade e propor alternativas para poderem dizer “não”, desde 2011 O Peixinho desenvolve o “Projeto de Prevenção às Drogas” com os alunos do 5º Ano. Para fechar os temas abordados nos oito encontros realizados no 3º bimestre, a escola promoveu um mesa-redonda no início deste mês que contou com a participação de especialistas da área da saúde e segurança pública.

Como surgiram as drogas? Quais são as mais usadas no Brasil? Que tipo é o mais perigoso? Quais as consequências para quem fuma cigarro? Por que existem drogas lícitas se elas também fazem mal para a saúde? Qual droga vicia mais rápido? Tem como sair do mundo das drogas? Essas foram algumas das inúmeras questões que os alunos apresentaram aos convidados durante o debate. 

Com base em sua experiência profissional, o psicólogo José Carlos da Silva Camargo, que trabalha com tratamento para dependentes químicos há 26 anos, partilhou com as crianças exemplos de pessoas que perderam tudo por causa das drogas. Já o policial rodoviário federal Wanderley Juliani, que ministra palestras sobre o tema, explicou como funciona a legislação, e a médica Carmen Liz Nunez Kaimen falou sobre os efeitos das drogas no organismo. 

“Não há um teste para detectar se a pessoa vai ficar dependente ou não, portanto, a melhor escolha é fechar as portas para as drogas e sempre dizer ‘não’. Tudo começa quando experimenta; se não ligar a tomada, a luz não acende”, frisou Carmen. Para ilustrar os prejuízos à saúde, a médica mostrou às crianças algumas fotografias de órgãos lesionados. 

Juliani explicou aos alunos que há uma indústria das drogas que vai muito além de um cigarro de maconha. “Os traficantes estão procurando crianças e adolescentes justamente por vocês estarem num período de descobertas e curiosidades. É muito importante entender que por trás de tudo isso há um processo movido a sangue de pessoas que morrem para essa máquina funcionar”, esclareceu. “O mundo das drogas não respeita a lei e nem as regras da sociedade, ele é cruel”, complementou.

O psicólogo esclareceu, por sua vez, que até os 20 anos de idade, o córtex pré-frontal (região nobre que tem grande implicação no comportamento social) está em desenvolvimento e o uso de drogas prejudica sua evolução. “Todos nós temos a mesma capacidade de fazer escolhas e precisamos ser firmes, não ceder ao convite de um falso amigo que oferece droga. Está é a melhor forma de prevenção e cuidado conosco mesmos”, afirmou.

O projeto

Por meio de exemplos hipotéticos e reais, durante as oficinas os alunos refletem e aprendem sobre dependência, tolerância, overdose, síndrome de abstinência e fatores que motivam o uso de drogas, como influências, pressão pessoal e de grupo, propagandas e admiração por algum ídolo que é usuário. 
No decorrer dos encontros, a psicóloga da escola, Herika Kuasne, responsável pela proposta, apresenta formas de evitar situações de vulnerabilidade e propõe alternativas para dizer “não”, como a prática de esportes, outras atividades prazerosas e engajamento em grupos de amigos que não usam drogas. Outra atividade realizada com as crianças são as discussões sobre matérias publicadas na mídia relacionadas ao tema.

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