Responsabilidade, tolerância à frustração, autonomia e independência foram temas abordados com os pais da Educação Infantil 3 e Pré 1
O que você sente pelo seu filho? Como você demonstra isso para ele? O que realmente importa para seu filho? Com essas perguntas, a psicóloga e psicopedagoga Carina Costelini Isper iniciou a palestra direcionada aos pais dos alunos da Educação Infantil 3 e Pré 1 na manhã do último dia 3. Dando continuidade ao ciclo de reuniões de orientação d’O Peixinho, a especialista elencou habilidades que precisam ser desenvolvidas na faixa etária de 4 a 6 anos, falou sobre a importância de ser presente na vida das crianças e deu dicas de como preparar os filhos para a vida.
“Grande parte do que eles serão lá na frente vai depender de vocês, por isso, é necessário saber conduzir a educação desde já”, alertou. Cabe à família ajudar os pequenos a desenvolverem desde cedo autonomia, independência e responsabilidade em situações simples do dia a dia. Essas habilidades, conforme a psicóloga, serão fundamentais para ajudá-los a encarar os desafios da vida, em relacionamentos, estudos e profissão.
A autonomia e a independência ajudam a aumentar a autoestima, a autoconfiança, a maturidade, a segurança e a tranquilidade. Já a responsabilidade tem impacto nas escolhas, na tomada de decisões, na noção de consequências e no autocontrole. “Não pensem que a responsabilidade cai como um raio, aos 18 anos; ela precisa ser ensinada desde já, gradativamente, de acordo com o que a criança consegue aprender por meio de escolhas, tomadas de decisões, noções de consequências e autocontrole”, ensinou.
Para ajudar a criança a amadurecer essas habilidades, os pais devem apresentar desafios com tranquilidade, não fazer por ela o que pode ou sabe fazer, aumentar a dificuldade aos poucos (fazer por ela – fazer e descrever – fazer junto – supervisionar tudo – supervisionar parcialmente – autonomia), dar o exemplo, fazer em casa o que cobra, estabelecer regras e dar funções específicas – como cuidados pessoais e auxílio em pequenas tarefas domésticas.
Tolerância à frustração foi outro ponto relevante apresentado por Carina que, segundo comentou, tem se tornado uma habilidade cada vez mais rara. O atual cenário é preocupante, pois a baixa tolerância à frustração prejudica os relacionamentos, o processo de aprendizagem, resulta em baixa autoconfiança, favorece quadros de ansiedade e de depressão. “É válido ressaltar que autonomia, independência, responsabilidade e tolerância à frustração estão diretamente ligadas à facilidade ou à dificuldade na aprendizagem”, observou.
Brincadeiras
Diferentemente das gerações passadas, atualmente o brincar está atrelado à tecnologia, no entanto, há outros tipos de brincadeiras que trazem benefícios às crianças, segundo a psicóloga. Citando pesquisas atuais das associações americana e brasileira de pediatria, Carina explicou que para a faixa etária de crianças da EI 3 e do Pré 1, o tempo máximo de exposição aos recursos eletrônicos, incluindo televisão, computador, tablet e videogame, é de uma hora por dia. Entre os prejuízos, citou: crescimento cerebral acelerado, atraso no desenvolvimento geral, obesidade epidêmica e agressividade. “É preciso investir em outras formas de brincar, pois as brincadeiras têm muito a ensinar para as crianças”, reforçou. (Confira as vantagens no quadro abaixo)
Aprendizado
Os pais do Antonio, do Pré 1, Juliana e Edson Baratto, saíram satisfeitos da palestra. “As orientações foram muito importantes para nós que estamos neste processo de aprendizagem de ser pai e mãe e de educar os filhos com valores”, observaram. “Mesmo sabendo que algumas coisas os filhos podem fazer sozinhos, acabamos olhando para eles como bebês, mas a psicóloga nos ajudou a ver que precisamos dar autonomia para o Antonio ir assumindo responsabilidades”, comentou a mãe. “Educar filho não é um processo fácil, mas O Peixinho sempre traz novidades e nos ajuda neste caminho”, completaram eles, que estão na escola desde 2015 com a filha mais velha, Helena, 4º Ano.
Para Gislaine Medina Moro, mãe das gêmeas Ana Luiza e Maria Eduarda, Pré 1, as dicas foram muito positivas: “Como é o primeiro ano delas n’O Peixinho, pensei que seria uma reunião mais explicativa sobre a prática pedagógica da escola e regras, mas fui surpreendida positivamente com um encontro prazeroso e instrutivo”, comentou. Como professora de Ensino Fundamental, ela disse que já sabia muita coisa, principalmente na prática, mas a teoria unida a dados de pesquisa trouxe informações importantes para o dia a dia com as filhas. “Saí satisfeita da palestra”, afirmou.
Angelica e Robson Sakai, pais da Luana, EI 3, consideraram as orientações bastante relevantes para conduzirem a educação da filha. “A palestra foi muito boa, com várias dicas positivas para nós. Às vezes, pensamos que sabemos muito, mas na verdade estamos sempre aprendendo e reforçando aquilo que já está sendo feito da maneira correta”, disse a mãe.
Ao final, os pais receberam o texto “Educar para as emoções”, que aborda a necessidade de criar o filho para que ele saiba se relacionar com as pessoas e o mundo.
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