Pais de alunos do 1º Ano receberam orientações práticas para a nova etapa da trajetória escolar
Sem dúvida, os pais ficam ansiosos para ver as primeiras palavrinhas escritas pelo filho, afinal, é um marco da inserção no mundo letrado. Controlar as expectativas, no entanto, é importante para não sobrecarregar as crianças. Além disso, há uma série de atitudes da família que podem ser muito positivas para auxiliar no desenvolvimento dos pequenos neste período de alfabetização. Com o objetivo de mostrar aos pais algumas maneiras de ajudar seus filhos e também de fortalecer a parceria deles com a escola, a diretora Daniele Zoéga Della Barba conduziu um encontro com as famílias do 1º Ano, no último dia 10, com o tema “Família + escola = sucesso na aprendizagem”.
“O 1º Ano é o começo da vida acadêmica e é nesta fase que se estabelecem comportamentos e habilidades que serão mantidos nos próximos anos escolares. Portanto, precisamos investir nas crianças e dar uma atenção especial à questão emocional, pois ela é a base da aprendizagem”, explicou Daniele.
Por ser uma continuação da educação infantil (e não corresponder à antiga 1ª série), O Peixinho respeita as necessidades específicas da faixa etária e, inclusive, mantém a turma no espaço da Educação Infantil. Concentração, persistência e esforço, trabalho em equipe, estímulo para pensar e estabelecimento de hábito de estudo foram alguns aspectos importantes da série destacados pela diretora. “A função de alfabetizar é da escola, mas a família deve ser parceira”, reforçou.
Para que os pais compreendam o processo pelo qual os filhos estão passando e saibam como auxiliá-los, ela explicou as fases da escrita que, segundo Emília Ferreiro, psicóloga e pedagoga argentina, se dividem em: pré-silábica, silábica, silábico-alfabética e alfabética. “A sala é heterogênea e nem todas as crianças passam por todas as fases, por isso, não deve haver comparação entre elas”, alertou a diretora.
Independentemente da etapa em que a criança está, a família pode ajudar questionando o que vai escrever; pronunciando junto com ela, pausadamente, para que descubra e perceba o som; e também orientando para escrever do seu melhor jeito. É necessário cuidar com o nível de exigência para não desanimá-las e valorizar o passo a passo para que sejam interessadas e envolvidas no processo de alfabetização.
Nesta faixa etária, a maturidade é um dos pontos que merecem atenção visto que está relacionada ao nível de desenvolvimento físico, psíquico e social que permite à criança enfrentar as novas situações impostas pela alfabetização. Junto com esta habilidade devem somar-se: independência, resiliência e tolerância à frustração, que podem (e devem) ser ensinadas nas situações do dia a dia.
Letra de forma ou letra cursiva?
No 1º Ano, o objetivo é aprender a letra de forma, pois a cursiva é um desafio muito grande para esta faixa etária porque exige mais coordenação motora e está ligada ao avanço neurológico e concentração, por isso, será trabalhada no 2º Ano, assim como aspectos ligados à ortografia. No momento, conforme Daniele, o importante é que a criança desenvolva o traçado correto.
Outros aspectos
Durante o encontro, os pais também receberam orientações sobre tarefas, avaliações, importância do brincar com restrição a eletrônicos e do incentivo à leitura. Como dicas de livros para os pais, a diretora citou o best-seller do New York Times “O cérebro da criança”, de Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson, e “Como falar para seu filho ouvir e como ouvir para seu filho falar”, de Adele Faber e Elaine Mazlish.
Direcionamento
Para Andréa Fernandes e Marcelo Sato, pais da Isabela, a palestra foi muito importante para direcionar as atitudes que devem ter com a pequena: “As orientações nos deram direcionamento e nos mostraram que há alguns pontos que podemos melhorar para ajudá-la neste novo processo”, comentaram. “Sou exigente, perfeccionista, e entendi que não posso transferir isso para ela”, completou a mãe.
“A palestra foi excelente, pois é um momento de mudança, com novidade todo dia, e a Dani descreveu exatamente a fase em que a Natalia está e como devemos proceder”, disse, satisfeita, a mãe Patricia Souza.
Ao final do encontro, as famílias puderam observar trabalhos dos alunos e receberam um material de apoio com 11 dicas de como ajudar na alfabetização do filho (confira em nossa fan page).
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