Ambas aprenderam o ofício de educar nos anos que integraram a equipe
Fazendo jus ao conhecido ditado popular “o bom filho a casa torna”, recentemente, duas ex-professoras vieram à escola para visitar as antigas colegas de trabalho e matar a saudade do ambiente onde passaram vários anos de suas vidas.
Sueli Borrero integrou a equipe d’O Peixinho por três décadas. Mesmo depois de aposentada, ficou mais cinco anos na escola. Quando foi contratada, em 1978, aos 17 anos de idade, exercia a função de auxiliar de professora; recepcionava os alunos no portão, ajudava na biblioteca e em outras funções que fossem necessárias. Com o incentivo da diretora-fundadora, Marcia Zoéga de Carvalho, cursou Magistério e Pedagogia e passou a ser professora regente da Educação Infantil de turminhas com até 4 anos.
“Tudo que eu aprendi foi aqui. A Tia Marcia me impulsionava a estudar e sempre me ajudou em tudo. Sinto muita saudade da escola; sempre que posso, venho dar um abraço no pessoal e também vou assistir às formaturas”, comentou. “Falou em escola para mim, a que me vem à memória é O Peixinho, pois me recordo de tudo com carinho e gratidão”, afirmou emocionada.
Orgulhosa, Sueli comentou que seus filhos, Isabella e Sebastião, tiveram a oportunidade de estudar n’O Peixinho desde o primeiro ano de vida até o último do Ensino Fundamental 1 e, assim como ela, têm lembranças muito boas da escola. “Eles estão bem encaminhados profissionalmente e, com certeza, a base que receberam aqui foi muito importante para isso”, completou.
Claudiane Erram estava no primeiro ano da graduação de Matemática na Universidade Estadual de Londrina (UEL) quando começou a trabalhar n’O Peixinho. “Lembro que vi no jornal um anúncio de vaga para professora de Matemática e resolvi me candidatar. Fiz a entrevista e, ao final, a Tia Marcia perguntou sobre o Magistério, mas eu não tinha feito. Então, ela me contratou para auxiliar na 4ª série [hoje, 5º Ano] e em pouco tempo eu já era professora regente de uma turma”, relatou.
Após 10 anos integrando a equipe, Claudiane se desligou porque foi aprovada em concurso e começou a dar aula pelo Estado. Hoje, é mestre em Educação pela UEL. “Sou uma profissional de verdade porque trabalhei aqui. Venho de uma família desestruturada e nesta escola aprendi a ser mais humana, a respeitar o próximo, a gostar de dar aula e a ser persistente; n’O Peixinho conheci mulheres fortes que até hoje são referências para mim”, contou. “A atual estrutura física é bem diferente, mesmo assim, andando por aqui, me vêm à memória muitas cenas boas aqui vividas. Tenho paixão por essa escola”, completou.
Para a diretora-fundadora, reencontrar as professoras foi “muito especial”: “É um prazer recebê-las, pois foram excelentes educadoras e deixaram saudades”.
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