Durante quatro encontros, alunos receberam informações sobre os prejuízos das drogas lícitas e ilícitas e aprenderam a evitar situações de vulnerabilidade
Por que uma pessoa tem vontade de usar droga? Qual é a mais perigosa? Porque o cigarro e o álcool são liberados se prejudicam a saúde? Qual droga é a mais usada no Brasil? Essas foram algumas das várias perguntas feitas pelos alunos do 5º Ano d’O Peixinho aos convidados que participaram da mesa-redonda realizada na escola sexta-feira (19). A atividade encerrou o “Projeto de Prevenção às Drogas” desenvolvido nos últimos dois meses pela psicóloga da escola Laís Rocha.
Com base em sua experiência profissional, o psicólogo José Carlos da Silva Camargo, que trabalha com tratamento para dependentes químicos há 27 anos, partilhou com as crianças exemplos de pessoas que perderam tudo por causa das drogas. Já a policial rodoviária federal Franciele Ursi, que ministra palestras sobre o tema, explicou como funciona a legislação, citou acidentes de trânsito causados por pessoas drogadas/alcoolizadas e casos de apreensão.
Os médicos Fernando Cinagava e Nelly Nabut falaram sobre os efeitos dos entorpecentes no organismo. “A droga e o álcool têm o poder de nos tirar do controle e fazem com que percamos o interesse pelas coisas boas da vida, como estar com os amigos, brincar e a alegria de tirar uma nota boa na escola”, alertou Cinagava. Para mostrar às crianças os prejuízos que os entorpecentes causam, Nelly apresentou imagens com antes e depois de dependentes químicos. “A melhor alternativa é nunca experimentar drogas, pois pode ser um caminho sem volta”, reforçou.
Durante a mesa-redonda, os alunos puderam fazer perguntas aos convidados, com base no que estudaram sobre o tema e, com isso, reforçar o conteúdo abordado nas oficinas.
Sobre a proposta
Na primeira das quatro oficinas, os alunos assistiram ao filme “Astros dos desenhos animados contra as drogas” (um vídeo de prevenção à dependência) e participaram de uma roda de conversa conduzida pela psicóloga da escola. No segundo encontro, Laís seguiu com a proposta com base no tema “O que são as drogas e o que elas fazem?” usando recursos tecnológicos para abordar quais são tipos de entorpecentes existentes e como eles agem no corpo humano.
Feito um levantamento para identificar o que os alunos sabem sobre o assunto, a psicóloga apresentou o conceito de drogas, citou as mais comuns, suas classificações (depressoras do sistema nervoso central, estimulantes e perturbadoras) e abordou os prejuízos causados por elas.
No quarto encontro, os alunos leram notícias e assistiram a um vídeo sobre pessoas famosas que morreram por se envolverem com entorpecentes ou que se tornaram dependentes químicas. A última oficina foi encerrada com uma roda de conversa.
Valendo-se do lúdico e também de alguns exemplos hipotéticos e outros reais, conforme Laís, o projeto faz com que os alunos reflitam e discutam sobre os fatores que motivam o uso de drogas. Influências, pressão pessoal e do grupo, propagandas, admiração por alguém que é usuário e capacidade de escolha e decisão são temas trabalhados durante os encontros. “Percebi que as crianças têm mais informação do que imaginamos e se interessam muito pelo assunto, por isso, é fundamental trabalhar a prevenção desde esta faixa etária”, observou.
Oportunizar reflexão e mostrar as formas de dizer “não”, como maneiras de evitar situações de vulnerabilidade, são os principais objetivos do projeto. “É importante informá-las para que saibam dos prejuízos dos entorpecentes e, em qualquer situação, não se rendam a eles”, completou.
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