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Ciclo de orientações é iniciado com palestra para pais do P4 e P5

Ciclo de orientações é iniciado com palestra para pais do P4 e P5

Psicóloga apresentou estratégias para que as famílias auxiliem as crianças no período de pré-alfabetização

‘Como favorecer o processo de alfabetização em tempos de agenda cheia’ foi o tema da reunião de orientação realizada no sábado (7) para os pais dos alunos do P4 e P5. O encontro, conduzido pela psicóloga Cíntia Barbizan, especialista em Neuropsicologia, abriu o ciclo de palestras realizado pela escola no primeiro bimestre do ano com o objetivo de informar as famílias sobre as propostas pedagógicas e também apresentar parâmetros de desenvolvimento específicos para cada faixa etária.

Nesta fase que antecede a alfabetização, há várias habilidades que podem (e devem) ser estimuladas nas crianças para facilitar o processo que está por vir. A participação dos pais aliada a um projeto pedagógico que se compromete com o ensino-aprendizagem e com o equilíbrio emocional do aluno é o caminho para alcançar bons resultados. “O aprendizado acaba sendo uma consequência do emocional equilibrado”, afirmou a psicóloga.

É papel da família preparar os pequenos para a vida. Mas como auxiliá-los? De acordo com Cíntia, primeiramente, é fundamental compreender que ser pai e mãe vai além de apenas proteger. É necessário cuidar, educar, brincar, oferecer afeto, propor desafios, favorecer relacionamentos, proporcionar educação, auxiliar nos momentos de perdas e frustrações, ajudar a identificar os sentimentos e a comemorar conquistas.

A autonomia/independência é uma competência muito importante para o desenvolvimento da autoestima, da autoconfiança, da maturidade e da segurança/tranquilidade. A responsabilidade, por sua vez, auxilia a criança a fazer escolhas, tomar decisões, ter autocontrole e ter noções de consequências. Para complementar a explicação, ela exibiu o vídeo “Como desenvolver autonomia e independência”, do pediatra Daniel Becker (confira aqui).

A tolerância à frustração – habilidade relacionada à capacidade de esperar – foi outro aspecto trabalhado durante a reunião. A especialista também falou sobre a necessidade de proporcionar momentos de tédio. “Hoje há superestímulos que tornam a geração muito mais rápida e acelerada, com isso, as crianças não passam pelo tédio. Não podemos mudar a realidade, mas temos a possibilidade de nos adaptarmos a ela e de oportunizar aos nossos filhos momentos em que eles não tenham nada para fazer, pois isso ajuda a melhorar a criatividade e a imaginação”, observou.

Dicas práticas

A construção desses pré-requisitos, conforme Cíntia, é essencial para que as crianças aprendam a ser empreendedoras de suas próprias vidas. A questão é: como fazer tudo isso em tempos em que as pessoas não têm tempo? Para auxiliar os pais, ela apresentou algumas dicas: estabelecer rotina familiar, dar exemplo, validar os sentimentos positivos e negativos, entender que a frustração faz parte, dialogar sempre, diminuir o uso de recursos digitais, evitar agenda cheia para a criança, olhar nos olhos e estimular tentativas. Cíntia frisou que qualidade é melhor que quantidade e que todo momento é uma oportunidade de educar, ensinar e estar junto. “Como diz o psicólogo Leo Fraiman, temos de ser colo com mola, que acolhe, mas impulsiona”, completou.

Parâmetro para os pais

Cristian e Mariana Salmazo, pais do Pedro Henrique, consideraram as colocações “muito pertinentes”. “A palestra deu um parâmetro para nós. Como pais de primeira viagem, muitas vezes não sabemos como lidar com algumas situações, e as colocações da Cíntia nos ajudaram bastante”, comentaram. Dentre os assuntos abordados por ela, o que mais chamou a atenção do casal foi a autonomia. “Precisamos incentivá-lo mais”, identificaram os pais.

Para Wictor Garcia, pai da Valentina, a questão da autonomia também foi o que mais chamou a atenção. “Às vezes, exageramos na proteção, mas com as explicações, entendi que é necessário apresentar desafios e dar mais autonomia”, comentou. “Também precisamos cuidar para não criar expectativas em relação ao que ela consegue e pode fazer”, completou.

Ao final da reunião, os pais receberam o texto  para reforçar o que foi abordado durante a manhã (confira abaixo).

 

 

 

 

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