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Antes que elas cresçam

Antes que elas cresçam

Psicóloga deu dicas sobre como ensinar a criança de 1 a 4 anos a seguir regras, desenvolver habilidades sociais, ser autoconfiante e ter autoestima

A maneira que os pais conduzem a educação dos filhos é fundamental para definir muito do que eles vão se tornar a curto, médio e longo prazos. Com o objetivo de orientar as famílias e ajudá-las a perceber o importante papel que têm no desenvolvimento emocional, cognitivo e social dos pequenos, a psicóloga Ana Claudia Paranzini Sampaio, especialista em psicoterapia infantil e adolescente, conduziu uma palestra n’O Peixinho para os pais do Nível Inicial, Educação Infantil 1 e 2 no final de março com o tema “Antes que elas cresçam”.

A criança nasce pronta para ser amada e para adquirir conhecimento sobre o mundo, aprender habilidades para agir diante de variadas situações, seguir regras, desenvolver habilidades sociais, ser autoconfiante e ter autoestima. “Num primeiro momento pode parecer uma missão difícil, mas quando compreendemos a criança fica mais fácil”, afirmou a psicóloga.

Mas como elas aprendem? Por meio do modelo, de regras e de consequências. Portanto, é fundamental dar limites para ensinar que os direitos são iguais para todos; dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário. Dar limites também é ensinar a tolerar frustrações e mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não. “Seja persistente em tudo que fizer com a criança e também não deixe de elogiar aspectos físicos e comportamento para que ela se sinta valorizada”, frisou Ana Cláudia.

Quando as regras não são ensinadas, os resultados podem ser ruins: descontrole emocional, dificuldade crescente de aceitação de limites, distúrbios de conduta/desrespeito, insegurança sobre o que é certo ou errado e sobre valores morais e éticos. As birras também entram no contexto de ensinamento de regras e, embora sejam esperadas, não são normais, e precisam de intervenção.

A psicóloga elencou algumas atitudes para ajudar os pais na tarefa de dizer “não” aos filhos. Primeiramente, devem avaliar o que é desejo da criança e o que é necessidade, depois, evitar a superproteção e permitir que ela passe por pequenos fracassos, pois eles vão torná-la mais forte para enfrentar o mundo.  Cabe à família ensinar empatia para que o filho aprenda a entender e acolher os sentimentos; dar limites e regras de forma clara; ajudá-lo a perceber que as atitudes têm consequências; ensinar disciplina e dar subsídios para que seja capaz de se cuidar.

Cada criança tem seu tempo, é verdade, mas os marcos do desenvolvimento infantil são importantes para mostrar o que esperar dela de acordo com seu desenvolvimento cognitivo. Como parâmetro para os pais, Ana Paula explicou o que é comum a cada faixa etária. Entre 1 e 2 anos, o pequeno aponta objetos e partes do corpo, diz o nome e nomeia objetos; entre 2 e 3 anos fala “não”, combina palavras (papai vai, por exemplo), responde perguntas e usa plural; já a criança de 3 e 4 anos usa diminutivo e aumentativo, diz o nome completo, conjuga verbos no passado e consegue contar dois fatos na ordem.

“Pais que direcionam e facilitam demais a vida dos filhos não proporcionam oportunidades para que eles resolvam seus próprios problemas, e isso impede que eles desenvolvam a autonomia, que é a base para a autoconfiança e a independência”, frisou a psicóloga. Ansiedade, depressão, impulsividade, egoísmo, imaturidade, irresponsabilidade e inconstância estão entre os malefícios causados pela falta de autonomia.

Encerrando a palestra, Ana Cláudia alertou ainda para o excesso de atividades extras, para os malefícios das comparações – “que destroem a autoestima da criança”, e para o uso excessivo de recursos tecnológicos. “Os eletrônicos estão atravessando os relacionamentos, causando falta de estímulo para crianças e, consequentemente, atrasando o desenvolvimento infantil”, ressaltou.

Juliana Saito, mãe da Mariana, da EI 2, ficou satisfeita com a reunião: “Achei muito bacana, pois abordou situações que vivemos no dia a dia e deu dicas de como devemos nos comportar para conduzir a educação da maneira correta”.  

“As orientações foram muito importantes para direcionar a maneira que precisamos lidar com questões emocionais e comportamentais”, afirmou Fernando Marcucci, pai do Lorenzo, EI 2.

Para Talita Suzuki dos Santos, mãe da Helena, EI 1, a manhã foi bem produtiva. “Foi muito bom ver que meu marido e eu estamos no caminho certo, pois já fazemos muita coisa que a psicóloga citou. Também foi uma oportunidade de aprendizado e reafirmação da parceria que temos com a escola, afinal, isso só funciona se os dois lados fizerem sua parte”, comentou.

Ao final da reunião, as famílias puderam observar alguns trabalhos feitos pelos pequenos e receberam um material de apoio intitulado “Os filhos e os limites: não seja, por favor, mãe ou pai helicóptero”.

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