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Como auxiliar os filhos no 4° Ano?

Como auxiliar os filhos no 4° Ano?

Nova rotina, exigências da série e amadurecimento emocional foram temas abordados durante a manhã

O penúltimo ano do Ensino Fundamental I é marcante para o currículo escolar, pois nele as crianças desenvolvem competências emocionais decisivas para a aprendizagem. Tendo em vista a evolução neurológica que ocorre na faixa etária de 8 e 9 anos, existe uma exigência maior do pensamento abstrato e de algumas habilidades que serão necessárias para as próximas séries. Com o objetivo de auxiliar os pais nesta importante etapa da vida escolar, O Peixinho realizou uma reunião de orientação no sábado (23).

Conteúdos mais elaborados, concentração, atenção e responsabilidade são diferenciais da série que, segundo a diretora Daniele Zoéga Della Barba (responsável pela condução da reunião) é um divisor de águas porque muda toda a rotina em relação ao 3° Ano. Os alunos passam a ter duas professoras regentes e cada uma fica responsável por diferentes disciplinas (Matemática e Ciências; Língua Portuguesa, História e Geografia); há utilização frequente da agenda, aumento da quantidade de tarefa, de atividades e ritmo de trabalho, maior exigência de concentração, estudo diário e avaliações mensais.

“Neste momento, as crianças precisam amadurecer para adquirir responsabilidades e assumir consequências de suas atitudes”, explicou. Como desenvolvimento emocional é pré-requisito para o aprendizado, o foco do 4° Ano é ajudar a criança a aprimorar habilidades de autonomia, independência e responsabilidade – que precisam ser ensinadas por meio de situações cotidianas – (Veja aqui o vídeo do psicólogo Leo Fraiman sobre a importância das competências socioemocionais e resumo do projeto OPEE aplicado com os alunos d’O Peixinho).

Para auxiliar o filho nesses aspectos, a família deve tomar algumas iniciativas como supervisionar e acompanhar o estudo, sem fazer o trabalho por ela e nem dar a resposta pronta; organizar ambiente apropriado para o estudo com recursos materiais disponíveis, como lápis, borracha, livros, dicionário; e ensinar o filho a estudar. Citando o professor italiano Pierluigi Piazzi, a diretora frisou que o segredo é estudar pouco, mas todo dia: “Aula dada hoje é aula estudada hoje, antes que se passe uma noite de sono”.

Ainda sobre o papel da família, ensinou que os pais devem transferir gradativamente a responsabilidade para a criança até que ela tenha autonomia para assumi-la; estabelecer interações positivas (elogiar, incentivar, encorajar e fornecer suportes durante a execução da tarefa de casa) e fazer exigências compatíveis com o desenvolvimento do filho. (Confira aqui o vídeo “Elogie do jeito certo”, do psicólogo Marcos Meier, que foi exibido na reunião).

Os pais devem manter uma rotina evitando sobrecarga de atividades e com horário de descanso. Além disso, é fundamental apoiar as regras da escola e, em situações de conflito, ouvir com atenção as queixas do filho sem defendê-lo antes de saber as outras versões do fato. “Conflitos são oportunidades de aprendizado porque eles ensinam a ceder e a enxergar o ponto de vista do outro; e incentivam a criança a se responsabilizar por seus comportamentos”, afirmou Daniele.

Livro x celular

Uma alternativa ao celular apresentada pela diretora foi a leitura. “Vocês não vão se arrepender de cultivar este hábito em casa”, garantiu. Entre os benefícios, citou: diversão, aprimoramento de habilidades linguísticas, de conhecimentos, concentração e estímulo à imaginação. Na oportunidade, também apresentou o Family Link, um aplicativo que possibilita aos pais monitoramento de uso e estabelecimento de regras digitais.

Segurança para os pais

Christian Alves, pai da Ana Luiza, elogiou a colocação da diretora sobre a necessidade de uso controlado de celular. “Em casa, o acesso a iPad ou tevê é limitado a meia hora apenas; suprimos o uso de eletrônicos com momentos de leitura e de brincadeiras. Portanto, a fala da Daniele veio reforçar nossas atitudes”, comentou, satisfeito. Durante a palestra, ele também se atentou que é possível estimular a filha a ler histórias para o irmão caçula, Lucca (5 anos), e reforçou que precisa continuar investindo na autonomia da filha, especialmente na questão de organização diária.

A mãe da aluna Laís, Fernanda Casagrande, ficou satisfeita com a reunião. “Para nós que passamos por uma mudança drástica de uma série para outra e agora estamos vivenciando esta nova dinâmica de estudos do 4° Ano, as explicações da Daniele foram muito positivas, pois nos deram mais segurança para agir com os filhos”, avaliou. “O Peixinho fecha um ciclo e abre outro com muita propriedade”, completou.

A importância de fazer a tarefa no dia foi o ponto de destaque para Michele Zanon, mãe da Sara. “Como estuda à tarde, fazia a tarefa de manhã, mas a partir de agora vou mudar esta dinâmica em casa, pois entendi que se fizer no mesmo dia será mais benéfico para ela”, disse.

Ao final do encontro, os pais receberam o texto “Como ajudar meu filho a ter mais motivação para estudar” (leia abaixo).

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